tag:blogger.com,1999:blog-612402001604719372024-03-05T20:06:47.481+00:00A Caneta VerdePensamentos, críticas, desabafos e outros que tal.Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-51023563515143718742012-03-23T00:48:00.003+00:002012-03-23T00:51:38.999+00:00Causa: Lisboa 23 de Março de 2012<div class="tlTxFe mbm shareUnit aboveUnitContent" style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; font-size: 13px; line-height: 18px; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; background-color: rgb(255, 255, 255); "><div class="text_exposed_root text_exposed" style="display: inline; ">(Começo a achar que a caneta verde (blog) é na verdade uma</div> caneta das lágrimas. Ah e tenho uma nova paixão de caneta: desta vez é preta.)</div><div class="tlTxFe mbm shareUnit aboveUnitContent" style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; font-size: 13px; line-height: 18px; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; background-color: rgb(255, 255, 255); "><div class="text_exposed_root text_exposed" style="display: inline; "><br /></div></div><div class="tlTxFe mbm shareUnit aboveUnitContent" style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; font-size: 13px; line-height: 18px; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; background-color: rgb(255, 255, 255); "><div id="id_4f6bc54ee714a2319517630" class="text_exposed_root text_exposed" style="display: inline; ">Sem vontade de escrever por outras palavras:<br /><br />MAS QUE MERDA DE PAÍS É ESTE?!<br /><br />Dizem-nos pobres, incultos preguiçosos e pouco pontuais.<br />Mas também nos diziam tolerantes com todo o tipo de culturas e opiniões, livres, pacifistas e hospitaleir<span class="text_exposed_show" style="display: inline; ">os, era daí que vinha toda a minha esperança e acima de tudo todo o meu orgulho na terra onde nasci e cresci. Hoje acabou. Acabou-se o orgulho e deu lugar ao nojo e à repugnância pela falta de solidariedade, organização e compreensão. Nojo pela violência gratuita em tempo de dificuldades. Nojo pela falta de pensamento próprio de cada ser que sai à rua armado com qualquer coisa que ultrapasse os limites da sua pequena existência para tornar ainda pior a do próximo.<br /><br />PORTUGAL ESTÁS A MORRER.<br /><br />Se amanha for agredida na rua por alguém será suposto ir fazer queixa ao polícia que me agrediu hoje visualmente com estas imagens contra cidadãos inocentes?<br /><br />Fica a proposta autoridadezinhas sem miolos (e só as sem miolos, porque tenho mesmo esperança que existam algumas que estejam contra o que se passou hoje), pensem por vós próprios independentemente das "ordens dos superiores" dos gajos que vos tiram o pão da mesa todos os meses. Nada vos dá o direito, nem a vós nem a ninguém, de agredir. Hoje conspurcaram a história de portugal (sim, portugal com letra minúscula porque hoje (e independentemente de tudo foi só hoje que cheguei a essa conclusão) portugal já não se escreve com "P" maiúsculo.<br /><br />"Artigo 272.º<br />Polícia<br /><br />1. A polícia tem por funções defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos.<br /><br />2. As medidas de polícia são as previstas na lei, não devendo ser utilizadas para além do estritamente necessário.<br /><br />3. A prevenção dos crimes, incluindo a dos crimes contra a segurança do Estado, só pode fazer-se com observância das regras gerais sobre polícia e com respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.<br /><br />4. A lei fixa o regime das forças de segurança, sendo a organização de cada uma delas única para todo o território nacional.<br /><br />in Constituição da República Portuguesa"<br /><br /><br />Manifestaçao de 22 Março de 2012. Violencia Policial!</span></div></div><div class="attachmentUnit" style="border-left-width: 2px; border-left-style: solid; border-left-color: rgb(192, 201, 221); margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 12px; margin-left: 2px; padding-top: 5px; padding-right: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 8px; color: rgb(51, 51, 51); font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 15px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><div class="videoTitle fwb" style="font-weight: bold; "><a href="https://www.facebook.com/photo.php?v=316597478403416" style="cursor: pointer; color: rgb(59, 89, 152); text-decoration: none; ">Greve_Geral_Violencia_Policial</a></div><div>Manifestaçao de 22 Março de 2012. Violencia Policial!</div></div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-68784595527514965902010-08-27T00:01:00.001+01:002010-08-27T00:01:57.946+01:00Blackbird<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/P5CUHHGlQg0?fs=1&hl=pt_PT"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/P5CUHHGlQg0?fs=1&hl=pt_PT" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-35738601796652520262010-06-15T01:59:00.005+01:002010-06-15T02:13:55.988+01:00TABACARIA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/TBbTxezXouI/AAAAAAAAALQ/tFcMplWarWs/s1600/fernando-pessoa2.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 273px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/TBbTxezXouI/AAAAAAAAALQ/tFcMplWarWs/s320/fernando-pessoa2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482802443405730530" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"> </span><ul><ul style="font-family: trebuchet ms;"> </ul><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Não sou nada.<br />Nunca serei nada.<br />Não posso querer ser nada.<br />À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Janelas do meu quarto,<br />Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é<br />(E se soubessem quem é, o que saberiam?),<br />Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,<br />Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,<br />Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,<br />Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,<br />Com a morte a por humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,<br />Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.<br />Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,<br />E não tivesse mais irmandade com as coisas<br />Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua<br />A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada<br />De dentro da minha cabeça,<br />E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.<br />Estou hoje dividido entre a lealdade que devo<br />À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,<br />E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Falhei em tudo.<br />Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.<br />A aprendizagem que me deram,<br />Desci dela pela janela das traseiras da casa.<br />Fui até ao campo com grandes propósitos.<br />Mas lá encontrei só ervas e árvores,<br />E quando havia gente era igual à outra.<br />Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?<br />Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!<br />E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!<br />Génio? Neste momento<br />Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,<br />E a história não marcará, quem sabe?, nem um,<br />Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.<br />Não, não creio em mim.<br />Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!<br />Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?<br />Não, nem em mim...<br />Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo<br />Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?<br />Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -<br />Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,<br />E quem sabe se realizáveis,<br />Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?<br />O mundo é para quem nasce para o conquistar<br />E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.<br />Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.<br />Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,<br />Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.<br />Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,<br />Ainda que não more nela;<br />Serei sempre <i>o que não nasceu para isso;</i><br />Serei sempre só <i>o que tinha qualidades;</i><br />Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,<br />E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,<br />E ouviu a voz de Deus num poço tapado.<br />Crer em mim? Não, nem em nada.<br />Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente<br />O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,<br />E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.<br />Escravos cardíacos das estrelas,<br />Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;<br />Mas acordamos e ele é opaco,<br />Levantamo-nos e ele é alheio,<br />Saímos de casa e ele é a terra inteira,<br />Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> (Come chocolates, pequena;<br />Come chocolates!<br />Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.<br />Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.<br />Come, pequena suja, come!<br />Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!<br />Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,<br />Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei<br />A caligrafia rápida destes versos,<br />Pórtico partido para o Impossível.<br />Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,<br />Nobre ao menos no gesto largo com que atiro<br />A roupa suja que sou, em rol, para o decurso das coisas,<br />E fico em casa sem camisa.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,<br />Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,<br />Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,<br />Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,<br />Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,<br />Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,<br />Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -<br />Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!<br />Meu coração é um balde despejado.<br />Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco<br />A mim mesmo e não encontro nada.<br />Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.<br />Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,<br />Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,<br />Vejo os cães que também existem,<br />E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,<br />E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Vivi, estudei, amei e até cri,<br />E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.<br />Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,<br />E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses<br />(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);<br />Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo<br />E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Fiz de mim o que não soube<br />E o que podia fazer de mim não o fiz.<br />O dominó que vesti era errado.<br />Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.<br />Quando quis tirar a máscara,<br />Estava pegada à cara.<br />Quando a tirei e me vi ao espelho,<br />Já tinha envelhecido.<br />Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.<br />Deitei fora a máscara e dormi no vestiário<br />Como um cão tolerado pela gerência<br />Por ser inofensivo<br />E vou escrever esta história para provar que sou sublime.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Essência musical dos meus versos inúteis,<br />Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,<br />E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,<br />Calcando aos pés a consciência de estar existindo,<br />Como um tapete em que um bêbado tropeça<br />Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.<br />Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada<br />E com o desconforto da alma mal-entendendo.<br />Ele morrerá e eu morrerei.<br />Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.<br />A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.<br />Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,<br />E a língua em que foram escritos os versos.<br />Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.<br />Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente<br />Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Sempre uma coisa defronte da outra,<br />Sempre uma coisa tão inútil como a outra,<br />Sempre o impossível tão estúpido como o real,<br />Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,<br />Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)<br />E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.<br />Semiergo-me enérgico, convencido, humano,<br />E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los<br />E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.<br />Sigo o fumo como uma rota própria,<br />E gozo, num momento sensitivo e competente,<br />A libertação de todas as especulações<br />E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> Depois deito-me para trás na cadeira<br />E continuo fumando.<br />Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"> (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira<br />Talvez fosse feliz.)<br />Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.<br />O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).<br />Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.<br />(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)<br />Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.<br />Acenou-me adeus, gritei-lhe <i>Adeus ó Esteves!</i>, e o universo<br />Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.<br /></span> </p><p style="font-family: trebuchet ms;"> </p><dd style="font-family: trebuchet ms;font-family:trebuchet ms;" ><span style="font-size:85%;"><i>Álvaro de Campos, 15-1-1928</i></span></dd></ul><br /><br /><span style="font-size:78%;">(considerado o melhor poema alguma vez escrito pela humanidade, eu, Cláudia Cardielos, concordo)<br /><br /><br /><br /><br />.<br /></span>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-67735742007480260902010-06-11T23:43:00.004+01:002010-06-12T00:11:05.692+01:00<div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"><br />Vivo a fugir do que tem de ser, a negar o que quero, a sentir falta do que não sei, a ser quem não conheço.<br /><br /><br /><br />Só quero um pedaço de areia, um sol acolhedor, um mar sonoro e um livro descontraído.<br /><br /><br /><br />Minto, não é só isso que quero.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Quero os não meus braços que desconheço comigo.<br /><br />Quero a vontade que é minha e ainda não chegou.<br /><br />Quero o que me pertence em espírito de forma concreta e material.<br /><br />Quero aquilo que sei fazer sem saber o que é ainda.<br /><br />Quero tudo aquilo que me fará plena.<br /><br /><br /><br />...para poder sentir sem querer.<br /><br /><br /><br />.<br /></div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-48987503383534447992010-06-06T18:45:00.001+01:002010-06-06T18:53:44.734+01:00A Minha Toca<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-j4QKdJbklzGoLVnOXocu6scqZUMIHZB6v7nzPZXF7w1HZSO0YMecKBoUe483HAcw2T5Gw9XnDuwZiAxd-j-57ZmxhaaeyBtB4u5fGSBA0b9woaxWhHLV0Xj1VmwPmIVk8uji4mJzBso/s1600/Imagem0014.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-j4QKdJbklzGoLVnOXocu6scqZUMIHZB6v7nzPZXF7w1HZSO0YMecKBoUe483HAcw2T5Gw9XnDuwZiAxd-j-57ZmxhaaeyBtB4u5fGSBA0b9woaxWhHLV0Xj1VmwPmIVk8uji4mJzBso/s400/Imagem0014.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479719660829438818" border="0" /></a><span style="font-family: trebuchet ms;font-size:78%;" ><br />- Barra, Férias, Paz -<br /><br /><br /><br /></span>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-46692916600530828262010-06-06T18:13:00.010+01:002010-06-06T18:44:12.521+01:00Pessoa(s)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/TAvd8XxEedI/AAAAAAAAAK4/-_hUoWjAGOU/s1600/woodstock-public1.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 320px; height: 282px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/TAvd8XxEedI/AAAAAAAAAK4/-_hUoWjAGOU/s320/woodstock-public1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479717400868059602" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">"Não me tragam estéticas!<br /></span><div style="text-align: left;"><span style="font-size:85%;">Não me falem em moral!<br />Tirem-me daqui a metafísica!<br />Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas.<br />Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) -<br />Das ciências, das artes, da civilização moderna!<br /><br />Que mal fiz eu aos deuses todos?<br /><br />Se têm a verdade, guardem-na!<br /><br />Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.<br />Fora disso sou doido, com todo o direito de sê-lo, ouviram?<br /><br />(...)<br /><br />Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?<br />Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?<br />Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes a todos, a vontade.<br />Assim, como sou, tenham paciência!<br />Vão para o diabo sem mim,<br />Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!<br />Para que havemos de ir juntos?<br /><br />Não me peguem no braço!<br />Não gosto que me peguem no braço.<br /><br />(...)"<br /></span></div><div style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;"><br /><span style="font-size:78%;">In "Lisbon Revisited", Álvaro de Campos</span><br /><br /><br /></div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-77470423303598223502010-06-06T17:31:00.006+01:002010-06-06T18:03:19.449+01:00Nome<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/TAvTE8nB6II/AAAAAAAAAKg/N9o0K-8KCSQ/s1600/escrever.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 320px; height: 206px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/TAvTE8nB6II/AAAAAAAAAKg/N9o0K-8KCSQ/s320/escrever.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479705453569108098" border="0" /></a><br /></div><div style="text-align: justify;font-family:trebuchet ms;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">Chama-se A Caneta Verde,</span><br /><br /><span style="font-size:85%;">não por razões ecológicas.</span><br /><span style="font-size:85%;">Infelizmente ainda não consigo passar</span><br /><span style="font-size:85%;">menos de meia hora debaixo de um</span><br /><span style="font-size:85%;">chuveiro de água quente. Mas tenho</span><br /><span style="font-size:85%;">vindo a melhorar progressivamente.</span><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">A verdade é que o nome e a imagem do blogue reflectem uma sequência de escrita intimista</span><br /><span style="font-size:85%;">que me atravessou durante o ano 2009, em que eu costumava escrever num caderno artesanal</span><br /><span style="font-size:85%;">com uma caneta verde, por panca minha era sempre com a caneta verde.</span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Já lá vai um ano.</span><br /><span style="font-size:85%;">Tenho andado pouco dada a intimismos, até porque, à medida que os segundos passam (sim,</span><br /><span style="font-size:85%;">segundos), é frequente acha-los ridículos.</span><br /><span style="font-size:85%;">Mas escrever é importante e exige treino, ando enferrujada, talvez seja tempo de voltar à carga.</span><br /><br /></div><span style="font-size:85%;"><br /></span></div><span style="font-size:85%;"><br /></span>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-65075919624827637992009-09-09T23:38:00.001+01:002009-09-10T00:44:33.006+01:00Avó Dette<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjexOBUOfM67VWvhwLCWJyQU3xHEV_6fEPMZOm7NmPCkYh5Sy_Qeps0qTViZhFQVwubuD7pEAQl_dJHAmKZBgNJcnGYkLmlJ2phD9GLFt7IB0n3daHmCPVzfyGq004HHL6xkA0MxBLd1M8/s1600-h/IMG_4439.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 240px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379617729522581730" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjexOBUOfM67VWvhwLCWJyQU3xHEV_6fEPMZOm7NmPCkYh5Sy_Qeps0qTViZhFQVwubuD7pEAQl_dJHAmKZBgNJcnGYkLmlJ2phD9GLFt7IB0n3daHmCPVzfyGq004HHL6xkA0MxBLd1M8/s320/IMG_4439.JPG" /></a><br /><div align="justify">Agradeço a presença de todos os que compareceram na despedida da minha avó, Claudette Albino. Agradeço sobretudo a amizade.<br />Nos últimos meses a saúde da minha avó esteve bastante debilitada, no entanto a minha avó sempre foi uma mulher de força. Por isso, a mensagem que quero transmitir é uma mensagem de alegria e vida. Não quero que recordem a morte da minha avó, quero que recordem a sua vida. A minha avó para além de uma excelente profissional, cidadã e amiga era uma mulher extraordinária.<br />Foi a minha avó que me ensinou a ler antes de entrar na primeira classe, ensinou-me também a tabuada enquanto jogávamos a bola. Podia contar centenas de episódios da vida da minha avó no entanto demoraria uma eternidade. Elegi dois que penso que transmitem bem a mulher que eu quero que lembrem.<br />Certo dia, estava com a minha avó no sótão de sua casa. A minha avó estava de gatas a ensinar-me a saltar ao eixo quando entra o meu avô e diz “Claudette, olha que tu pela tua neta só não fazes o pino!”. A minha avó logo respondeu “Não faço, mas fazia. E se calhar ainda faço”. Nisto, fecha a porta do sótão, encosta-se à parede e faz o pino. A partir desse dia a frase do meu avô alterou-se, deixou de ser “… só não fazes o pino” e passou a ser: “Claudette, pela tua neta, até fazes o pino”.<br />Uns anos mais tarde, no quintal dos meus avós, caiu de um ninho um passarinho que ainda não sabia voar. A minha avó acolheu-o, levámo-lo para dentro de casa e pusemo-lo numa caixa com uma manta e um prato com pão aguado. Ao final da tarde fomos vê-lo e ele não tinha comido nada. A minha avó pegou-lhe, pôs o pão aguado na boca dela e alimentou o passarinho que debicou a comida dos seus lábios.<br />Esta é a Avó Dette, a minha avó. Esta é Claudette Albino. A mulher que me mimou e acarinhou sempre, a mulher que me ensinou com amor e seriedade a importância de ser uma boa cidadã, levando-me com ela a eventos dos Lions, a mulher que até hoje e em toda a minha vida, me fará crescer.<br />Considero-me a sua neta mais sortuda por ter tido a alegria de viver com ela durante mais tempo e em anos em que a saúde era outra.<br />A minha avó era a Avó, no verdadeiro sentido da palavra. A Avó que educa, e que “deseduca”, no sentido de brincadeira da palavra. A avó que em idas ao cabeleireiro, quando eu era mais pequena, me deixava escolher os cortes de cabelo e fazer as madeixas que a minha mãe não deixava, porque eram de facto horríveis, mas na altura eu adorava e ficava felicíssima só por poder decidir.<br />A minha avó é o meu ídolo e agora espero que ela possa realizar o seu último desejo: reunir-se à sua avó, uma mulher de quem também muito me falou, julgo que pelos mesmos motivos que me farão falar para sempre dela.<br />A minha avó é sem dúvida uma das mulheres mais extraordinárias que, todos os que com ela conviveram de alguma forma, tiveram a oportunidade de conhecer.<br />Obrigada.<br /><br />Ana Cláudia Cardielos</div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-18845325410702679972009-08-07T16:14:00.002+01:002009-08-07T16:17:08.322+01:00Férias!Notícia de última hora:<br />Estou de férias e A Caneta também. Provavelmente até Setembro.<br />Beijos a todos. Divirtam-se.Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-6124543772248321182009-06-11T01:55:00.005+01:002009-07-20T15:38:54.844+01:00O Aveirinho<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345870667017941954" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRyGn581sJxupA9W_wFuSt5Ia7YIlTiqf5NycNxYGgIcXx96X4XKNeBMbtY-405y9R03geoo5OaWbHhcYxNUWEtA_C9IqDwWHMoHdMP_LDp7VF7EuI3Z62WhfMkbATatSStWnmvyXIPEk/s320/IMG_4989.JPG" /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345870671633414562" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkkhAsRpaE02pFuSMv_rWy-OOGbzNuMWmUunEDZEZ8piJd3cK3gwjxnp6DSwyVd8cbvRXLCu8z5Hes87_Z-4qPKsyJKqSIJ-QDS7XyISBUmsG8gM70qF77FxTsrZFvZUe4kNxp9ReGqR4/s320/IMG_4993.JPG" /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivmQZDJbQtoVnH36lLbauh-JF7UqxINuh7cZKwl8LRastndIjit5l2TBjxjANUUIoa73SVQShegyAadoykGscQ-nfv10YxGz5PBkIio4wQWkkof7Hao1vqbX8g7Zj6t5rS3irSbP1zbeQ/s1600-h/IMG_5072.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345870683842493058" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivmQZDJbQtoVnH36lLbauh-JF7UqxINuh7cZKwl8LRastndIjit5l2TBjxjANUUIoa73SVQShegyAadoykGscQ-nfv10YxGz5PBkIio4wQWkkof7Hao1vqbX8g7Zj6t5rS3irSbP1zbeQ/s320/IMG_5072.JPG" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwIYVv9u_U9jaNnznwomdOrK1oJZAy7O1m6Oyk7pVig3Fl5wK9niHkOQJ2C9Gnx8A4Q85kNYwh5t25-Fc1ooSZBjua3dwj3kOwT1Ccn7oetcu9VlFGlX8II5vDVHiXoS3JXCfK7Fcu0g8/s1600-h/IMG_5052.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345870674439548050" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwIYVv9u_U9jaNnznwomdOrK1oJZAy7O1m6Oyk7pVig3Fl5wK9niHkOQJ2C9Gnx8A4Q85kNYwh5t25-Fc1ooSZBjua3dwj3kOwT1Ccn7oetcu9VlFGlX8II5vDVHiXoS3JXCfK7Fcu0g8/s320/IMG_5052.JPG" /></a><br /><br /><div align="justify">Bem, este blog está um tanto ou quanto filosófico e "<span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">pseudopoucoveraniante</span>", nada pragmático. Acho que está na altura de lhe trocar um bocadinho as voltas. Afinal de contas, é verão e, para bem ou para mal, os exames passam a correr por isso mais vale começar já a "pôr bronzeador" neste <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">bicho</span>.</div><div align="justify">No entanto, a passagem não pode ser assim tão radical.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Protector solar factor 15:</div><div align="justify">Deixo alguma filosofia <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">imagética</span>, reflectida em alguns recantos aveirenses que me passam pela vista diariamente e que, também diariamente, são objectos ignorados pela minha pessoa "formiga"...</div><div align="justify"></div><div align="justify">Concluam.<br /><br /><br /></div><div><br /><br /><br /><br /></div><div></div></div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-58147788587181430082009-06-03T23:37:00.006+01:002011-06-19T20:19:50.064+01:00A minha perspectiva de Sentido da Vida<a href="http://4.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/Sib7UD933RI/AAAAAAAAAAs/1BRcsL2Ls6s/s1600-h/barra.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 189px; FLOAT: left; HEIGHT: 126px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5343234330002447634" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/Sib7UD933RI/AAAAAAAAAAs/1BRcsL2Ls6s/s320/barra.jpg" /></a> <img class="gl_clean" border="0" alt="Remover formatação da selecção" src="http://www.blogger.com/img/blank.gif" width="1" height="2" /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">O Futuro genérico não existe.<br />Vive-se apenas uma sucessão de “Presentes”.<br />Recordam-se apenas alguns e dá-se-lhes o nome de Passado.<br />O único Futuro que tenho tomado por certo é o momento que nunca irei Viver, pois já não existirei nessa condição de vida.<br />Se apenas tenho Presente, não trabalho para a minha felicidade ou vida Futura mas vivo apenas o Presente. Se viver sempre a pensar num “Futuro”, nunca viverei verdadeiramente e só repararei que perdi uma enorme quantidade de “futuros/presentes” quando for tarde.<br />Erro sempre que não fizer o que me faz sentir bem em cada momento, e apenas isso considero e admito como erro.<br />Sou livre e responsável por todos os meus actos. Nada me determina.<br />E o único sentido comum que vejo para a Vida é o Amor, não como definição lamechas e romântica, mas antes como único factor criador de verdadeira felicidade. Toda a felicidade proveniente de factos como o trabalho, a família, os amigos ou simples momentos de qualquer coisa, não têm como pano de fundo nada que não seja Amor, em qualquer das suas formas ou adaptações.<br />Da racionalidade, para encarar cada momento com paz e discernimento, faço o caminho para algo emocional, superior e que tomo como único fim (com sentido), como a felicidade.<br />A meu ver, o conhecimento científico só se torna realmente útil quando “desce” ao senso comum, tornando-se pragmático e acessível a toda a comunidade, não sendo apenas algo possível para um restrito grupo de pessoas.<br />O tempo não me é mais do que uma linha de momentos, uma combinação de números que permite encontrar pessoas mais ou menos num determinado momento e ainda algo que me permite uma visão cíclica para recordar o passado. Mentalmente, não me restringe.<br />Sendo a morte algo certo, a existência algo único e singular e os “outros” um grupo de seres que me olham como uma natureza permanente com determinadas <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">características</span>, não tendo em conta a subjectividade inerente a cada individuo nem o seu processo de desenvolvimento e transformação, poderia encarar a vida como algo absurdo, sem sentido. Mas não o faço só pela existência da abstracção felicidade.</span></div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-81340305446180745902009-05-05T20:10:00.003+01:002009-07-20T15:35:37.592+01:00A Vida de Café<div align="justify"><span style="font-family:arial;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/SjBimCzCYOI/AAAAAAAAABs/8JMvdxW5JLk/s1600-h/cafe.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345881163414266082" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_clJU2mEDJPA/SjBimCzCYOI/AAAAAAAAABs/8JMvdxW5JLk/s200/cafe.jpg" /></a>A vida de café distrai-me, entra gente, sai gente, conversa vai, conversa vem, mas quando tudo pára ou vou embora, tenho consciência de que não passam de momentos dispersos e que nada me arruma a cabeça. Apenas me faz esquecer de mim própria durante umas horas. Não será esta liberdade ilusoriamente positiva? Sinto-me livre e <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">despreocupada</span> mas quando saio só me sinto livre e vazia, sozinha no meu mundo outra vez. Fazem falta as situações menos “plásticas”.<br />Torna-se difícil tomar decisões racionalmente, 25% são tomadas por impulso, outras 25% dão para ficar a pensar em como teria sido se tivesse ido por outro caminho.<br />Iludo-me numa tentativa absurda de encarar a vida de outra forma, quando nada à volta é verdadeiro.</span></div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-61240200160471937.post-2625292182455589492009-05-03T21:37:00.005+01:002009-07-20T15:31:21.009+01:00Quem sou eu?<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTxjE37eVllrsYp7PRokIbwIDpOvACC6Kbr22fLdBvk1s8HeeFJyMpR1274XJ-cytHfPnZMTt2jxWFq1S2-DauLOzaylNXlHGLw-BRGMgc-ElKxIQoEsOzdFmpaQxUCOIENxsOcQ_ReGU/s1600-h/IMG_5830.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 26px; FLOAT: left; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345866743797741922" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTxjE37eVllrsYp7PRokIbwIDpOvACC6Kbr22fLdBvk1s8HeeFJyMpR1274XJ-cytHfPnZMTt2jxWFq1S2-DauLOzaylNXlHGLw-BRGMgc-ElKxIQoEsOzdFmpaQxUCOIENxsOcQ_ReGU/s200/IMG_5830.JPG" /></a>É engraçada a forma como o ser humano se encara a si próprio. Quem é que nos conhece? Nós próprios, que sabemos como foram todos os dias em que pisámos a Terra? Ou os outros, que nos <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">vêem</span> quando calha e fazem a nossa imagem aos seus olhos? Não será a nossa visão, uma única visão subjectiva, muito menos valiosa do que um conjunto de visões subjectivas que avaliam o mesmo objecto, nós próprios?<br />Então, sou aquilo que penso que sou? Ou aquilo que os outros pensam que sou?<br />A nossa visão do mundo é sempre egocêntrica. Eu sou sempre a personagem principal da minha vida. Eu tenho qualidades, eu tenho defeitos, eu aprecio umas coisas, eu não gosto de outras, eu, eu, eu, eu…<br />E se eu falar de outra pessoa? E se outra pessoa falar de mim? E se eu falar de outra pessoa com outras pessoas? E se várias pessoas falarem de mim? O que vale mais?<br />Sem outros não somos nada.<br />Opto então por dizer que sou uma pessoa “normal”, dentro do meu conceito de normal, o que é, também, variável.</div>Cláudia Cardieloshttp://www.blogger.com/profile/12215514180171517252noreply@blogger.com5