Pensamentos, críticas, desabafos e outros que tal.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Vida de Café

A vida de café distrai-me, entra gente, sai gente, conversa vai, conversa vem, mas quando tudo pára ou vou embora, tenho consciência de que não passam de momentos dispersos e que nada me arruma a cabeça. Apenas me faz esquecer de mim própria durante umas horas. Não será esta liberdade ilusoriamente positiva? Sinto-me livre e despreocupada mas quando saio só me sinto livre e vazia, sozinha no meu mundo outra vez. Fazem falta as situações menos “plásticas”.
Torna-se difícil tomar decisões racionalmente, 25% são tomadas por impulso, outras 25% dão para ficar a pensar em como teria sido se tivesse ido por outro caminho.
Iludo-me numa tentativa absurda de encarar a vida de outra forma, quando nada à volta é verdadeiro.

domingo, 3 de maio de 2009

Quem sou eu?

É engraçada a forma como o ser humano se encara a si próprio. Quem é que nos conhece? Nós próprios, que sabemos como foram todos os dias em que pisámos a Terra? Ou os outros, que nos vêem quando calha e fazem a nossa imagem aos seus olhos? Não será a nossa visão, uma única visão subjectiva, muito menos valiosa do que um conjunto de visões subjectivas que avaliam o mesmo objecto, nós próprios?
Então, sou aquilo que penso que sou? Ou aquilo que os outros pensam que sou?
A nossa visão do mundo é sempre egocêntrica. Eu sou sempre a personagem principal da minha vida. Eu tenho qualidades, eu tenho defeitos, eu aprecio umas coisas, eu não gosto de outras, eu, eu, eu, eu…
E se eu falar de outra pessoa? E se outra pessoa falar de mim? E se eu falar de outra pessoa com outras pessoas? E se várias pessoas falarem de mim? O que vale mais?
Sem outros não somos nada.
Opto então por dizer que sou uma pessoa “normal”, dentro do meu conceito de normal, o que é, também, variável.

A dona da caneta: